Cores e padrões são elementos essenciais em qualquer projeto de Design de Interiores. Podem ser vistos nos têxteis, nas paredes, nos azulejos, no mobiliário, e por aí em diante. A mais-valia da combinação de cores no Design de Interiores, assim como do uso de uma adequada coordenação de padrões reside, essencialmente, na capacidade de atribuir energia a um cómodo, mas também permitem invocar movimento e criar textura visual.
Decorar com cor e padrão é uma das técnicas mais poderosas do conjunto de ferramentas de um designer, mas para quem não detém o conhecimento teórico pode ser desafiante. Obter o equilíbrio certo ao misturar cores e padrões é vital para o sucesso de um projeto de Design de Interiores.
Tendo consciência dessa dificuldade, o Atelier Sabiina Design reuniu informação prática e alguma inspiração de design para combinação de cores e padrões, para aplicar no seu novo projeto.
Decoração de Interiores com padrões e cores
Incorporar diferentes cores e padrões na estética interior de uma habitação pode ser incrivelmente desafiante, mas com o conhecimento da teoria das cores e algumas recomendações de coordenação de padrões, que estamos prestes a dar-lhe, não será certamente impossível.
Para fazer uso de uma combinação de cores e padrões no design de um espaço, é preciso começar por entender alguns princípios-chave do design de interiores. Em geral, as cores devem ser escolhidas segundo as principais diretrizes para a criação de ambientes esteticamente agradáveis e que cumpram a sua função.
Neste caso, estes princípios refletem, entre outras, a definição da paleta de cores, a temperatura, a proporção e o equilíbrio entre cores quentes e frias. Tudo isto contribui para evocar uma emoção ou atribuir uma vibração ao espaço.
No que concerne aos padrões, o ideal é combinar diferentes escalas – um padrão mais proeminente, que dá o tom para a definição dos padrões complementares, estes em tamanhos menores.
Vejamos em detalhe as melhores técnicas para combinar cores e padrões no Design de Interiores.
Como Combinar Cores no Design de Interiores
O primeiro passo está na definição da paleta de cores a aplicar no espaço. Para o efeito comece por definir a tonalidade do conceito que vai guiar o projeto. Se este pretende transmitir paixão e energia, pode optar por vermelhos e amarelos; se a intenção é transmitir paz e tranquilidade, os verdes e azuis são a opção mais adequada.
A partir daqui escolhem-se as cores complementares, segundo o princípio do esquema de cores:
- Monocromático – Este esquema usa uma única cor com tonalidades variadas para produzir uma aparência consistente;
- Análogo – Combina uma cor principal com as duas cores complementares que ficam ao lado desta na roda de cores. Este esquema é usado para criar um design mais suave e com menos contraste;
- Complementar – Baseia-se no uso de duas cores que se encontram diretamente opostas na roda das cores, e algumas das tonalidades relevantes, fornecendo maior contraste de cores;
- Complementar/Dividido – Inclui uma cor dominante e as duas cores adjacentes à sua complementar, criando uma paleta de cores mais matizada e mantendo os benefícios das cores contrastantes;
- Triádico – As cores são selecionadas tendo por base uma forma triangular ao redor da roda das cores. Desta forma, obtêm-se cores de alto contraste, mas do mesmo tom;
- Quadrado – Este esquema de cores usa quatro cores equidistantes obtendo-se uma paleta com contraste substancial. Por este motivo poderá ser vantajoso para o design, selecionar uma cor dominante ao invés de tentar equilibrar todas as quatro cores.
Depois de criada a paleta de cores, deve ter presente a Regra 60-30-10, que funciona como um ponto de partida para atribuir, em proporção, as cores ao espaço. Isto quer dizer que, a cor principal deve representar 60% do espaço, em relação às outras cores. É determinada pelos maiores elementos do espaço, como paredes, móveis grandes, lareiras e pisos.
A proporção de 30% aplica-se à cor secundária que deve ser diferente o suficiente da cor principal para criar interesse visual, mas não tão diferente que possa criar um contraste desapropriado.
Estas duas cores devem coexistir em harmonia. A cor de destaque deve competir por 10% do espaço. Aplica-se, normalmente, nos acessórios do design, como almofadas, peças de arte ou objetos decorativos. Aqui já é esteticamente “permitido” criar um contraste ousado.
Por fim, faz-se necessário equilibrar a temperatura da cor do espaço. Para o efeito deve acautelar a presença, tanto de cores quentes – laranja, amarelo, vermelho -, como de cores frias – azul, verde, violeta -, cujo objetivo será criar equilíbrio, para que o espaço não fique visualmente confuso ou frio. Uma mistura dos dois tornará o espaço confortável e fácil de permanecer.
Como Coordenar Padrões Decorativos
As mesmas cores definidas no passo anterior podem (e devem!) ser incorporadas nos padrões a serem utilizados. Também aqui se devem seguir algumas regras, mas neste caso, a escala destes é mais importante, podendo ser divididos entre pequeno, médio e de grande escala.
Ao selecionar os padrões para usar na decoração do espaço, pode escolher 2-3 padrões e 1 cor sólida.
Por exemplo:
- Um padrão de grande escala e um de pequena escala + uma cor sólida
- Um padrão grande, um médio e de outro de pequena escala + uma cor sólida
Quando forem usados padrões multicoloridos, deve escolher-se duas ou três cores desses padrões para serem usadas em pequenos elementos decorativos, como livros, candeeiros e florais.
Para terminar a integração de padrões num espaço, deve ter-se em consideração a forma destes, visto que se pretende um equilíbrio de todo o projeto de design. Cada padrão pode ser enquadrado numa categoria – geométrica ou orgânica, pelo que, ter muitos elementos da mesma categoria pode causar um cansaço visual pelo facto de estes estarem a competir entre si. Combinar padrões orgânicos com linhas geométricas gera variedade e equilíbrio.
Harmonia & Equilíbrio
O padrão de determinado têxtil pode alterar a escala de toda uma sala. A cor tem a capacidade de transmitir determinada emoção. A forma como alguém experimenta o impacto do padrão e a sua relação com os materiais e cores presentes no espaço depende do designer, a pessoa cuja função não deve ser descorada, porquanto é responsável pelo equilíbrio do Design do Interior.
No Atelier Sabiina Design, a harmonia e o equilíbrio são princípios que sempre estão presentes em todos os projetos em que participamos. Porque no final de contas, um espaço em equilíbrio representa uma vida em harmonia.
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